quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Obesidade, Unimed, agendas perdidas ou como é sempre melhor pagar particular

Eu detesto esse troço de promessa de ano novo, acho clichê, piegas, fútil. Mas, metas para o ano novo é bem diferente. Determinar metas viáveis e com data marcada para o que for possível é organização temporal, que está ligada à organização mental e, portanto, à saúde mental também.Às vezes é preciso deixar as ideologias de lado e tratar a própria vida como uma empresa (argh). Já que eu tinha tantas coisas a fazer eu resolvi marcar data na agenda pra cumprir o passo a passo de algumas delas. O problema é que não sei onde andam as minhas agendas. Eu ganho, invariavelmente, agendas no início do ano, mas elas acabam o ano branquinhas tal qual começaram. Eu esqueço que as tenho, não as uso. Quem não me conhece, que tenha uma noção da minha desorganização. Porém, uma coisa que dá certo é a agenda virtual. Uma planilha do Office já é suficiente. Enquanto o site não carrega, fuço na agenda. É um tempo que se tem de ficar paradona na frente do computador, então é bom otimizá-lo (o tempo) dando uma olhada nos compromissos. O primeiro foi marcar uma consulta na endocrinologista, já que, como direi...estou ligeiramente acima do peso. Ligeiramente mesmo. Só dou um pulinho na balança, olho ligeiramente atravessado e saio correndo ligeiramente. Marquei na agenda um dia pra isso: 04 de janeiro. Liguei pra uma endócrino famosa de Pelotas. Estava agendando a consulta, já me sentindo mais magra, até que a secretária perguntou: qual o motivo da consulta... é pra perda de peso? Sim, também. Ah, não, ela não faz tratamento para emagrecimento pela Unimed, só particular.Pela Unimed, só doenças. Daí eu desliguei frustrada e visivelmente mais gorda.Peraí um poquim. Ela define a doença que vai tratar ou não em determinado plano? A Unimed não pagará a ela igualmente se for uma consulta para perda de peso, controle de diabetes ou tumor na tireóide? E se eu estiver com alguma dessas doenças, já que são tão associadas à obesidade? A mulher nem me viu, não perguntou de meu peso, eu poderia estar obesa mórbida e, portanto, correndo risco de vida. Obesidade não é doença? Isso pode, legalmente? Senti-me discriminada. Há muito tempo que já tivemos que aprender que alcoolismo é doença, tabagismo e drogadição, idem. Mas obesidade, pelo jeito, ainda é coisa de gordinha sem-vergonha que não emagrece porque não quer.Era de aquários, como diria Marcelo Tas. Hoje mesmo comunicarei a Unimed oficialmente sobre isso. Por fim, marquei com outra endócrino e já to de dieta pra não passar vergonha quando for consultar.Só quem é gordinha(o) entende isso.
Já to meio dasacorçoada com meu teste de proficiência de francês: será que vão me aceitar? E o meu projeto de mestrado, será que terei de pagar particular?(cá entre nós, com a prova de mestrado que fiz ano passado sem bibliografia, acho que teria de "pagar particular" pra passar mesmo).E minha carteira de motorista? Essa sem pagar que eu não faço mesmo. Assim fica difícil essa gordinha sem-vergonha cumprir suas metas em 2010.Ah, um feliz 2010 pros leitores e, lembrem-se: pague particular.

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