quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cornetas

Olhei essa semana um jogo de futebol na TV direto da África do Sul. E que surpresa auditiva a tal da corneta! Achei que estavam transmitindo direto da caixa de abelhas do Mandela. Irritei-me no início, depois acostumei. E ouvi dizer que um jornalista sem amor à reputação pediu oficialmente a proibição desse instrumento nos estádios durante a Copa. Será que esse é um dos que não tem curso superior e exerce a profissão? Deve ser. Só um curioso para fazer uma dessas. O importante é que a imprensa massacrou o tal jornalista. Uma dúvida: apresentadores de TV (jornalismo, claro), são obrigatoriamente jornalistas? E o pessoal do tempo, é jornalista ou meteorologista? Se for jornalista, não sabe do que está falando quando fala de “área de convergência intertropical” (falsidade ideológica). Se for meteorologista, não pode apresentar um programa jornalístico (exercício irregular de profissão). E a Patrícia Poeta? Era do tempo, agora é apresentadora. É o supra-sumo da atividade indevida de alguma profissão: ou jornalista ou meteorologista. Contudo, já ouvi alguém falando: uma pessoa pode desempenhar bem um papel numa profissão (no caso, o jornalismo) e não ter diploma de faculdade. Eu concordo, todos concordamos. Mas dá pra imaginar os filhos e netos do Galvão Bueno ou da Márcia Goldsmitt pegando uma boquinha nas respectivas emissoras dos pais? E o cidadão que ralou os fundilhos numa cadeira universitária pra receber um diploma tendo de perder a vaga pra um cabeça de prego qualquer que tem um padrinho (ou pai, ou tio) na imprensa? Salvem a imprensa brasileira!Adiramos à campanha “Imprensa não é Senado!!!”

2 comentários:

  1. Puxa, agora me confundi: achava que a Patrícia era Poeta (infame, mas todo o trocadilho óbvio tem de ser dito).
    Agora, a Patrícia Poeta ou o Paulo Borges nos deixam na dúvida sobre qual diploma têm: jornalismo ou meteorolia. Como sei da existência de uma tal de lei de Murphy, lembro que existem comentaristas esportivos que, com muito esforço, devem ter completado o Ensino Fundamental.
    Mas fico pensando que a moda deveria pegar: quem sabe se deixassem de exigir, por exemplo, diploma de direito e registro na OAB para candidatos à magistratura. Já pensou se um professor, daqueles formado em magistério, consegue chegar à presidência do STF? Ou ainda uma camareira formada pelo SENAC (daqueles cursos básicos, não dos de nível superior) podendo exercer neurocirurgia? Aposto que muitos portadores de transtorno seriam curados e muitos casos em que a justiça se omite seriam resolvidos num piscar de olhos...

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  2. Otário, lamento muito tirar tua inocência (hum...), mas pra ser Ministro do Supremo não precisa ser magistrado! Apenas ser pessoa de "ilibado saber". Como diria minha vó, qualquer lagalhé.

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