sábado, 6 de junho de 2009

Crise com vizinhança

Não é só Coreia do Sul e Coreia do Norte que se ameaçam e desentendem. Teve essa mulher indigesta e verborrágica seu dia de "mulher-do-povo" e entrou em conflito com o vizinho. O motivo: ele veio a minha residência, no horário de almoço, oferecer um cachorrinho recém-nascido. Como eu não quis, ele disse que iria matar a ninhada. Ogivas nucleares metafóricas a todo o vapor. Baterias anti-aéreas no vermelho, sirenes abertas. No relógio do fim-do-mundo, 1 segundo para a meia-noite. A comandante-em-chefe aqui deu o primeiro comunicado oficial: denunciaria quaqlquer ato de selvageria contra os filhotes, na delegacia, tipificado o leviano crime como "crime ambiental". O pérfido inimigo rebate que os mataria batendo seus crânios frágeis contra a parede, em evidente provocação. Segue meu aviso que isso seria levado à polícia, já com os meus grandes olhos verdes raiando vermelho. O terrorista diz que isso pra ele é prática comum. Pra não dizerem que eu não tentei um acordo de paz, disse que ele os criaria, até comerem, e então eu o ajudaria a levá-los a uma pet shop. Nada dissuadia as forças inimigas de seu nefasto plano. Então, essa comandante perde a linha e se porta como uma líder de uma milícia qualquer: diz que tem vontade de bater os crânios ocos dos seus filhos na parede, pois eles incomodam muito, são umas pragas, azucrinam. Ele ri. No fim das contas, a pedido meu, um senhor muito conceituado na vizinhança e protetor de animais se prontificou a vir e fazer a cabeça do inimigo do sul (sim, nessa brincadeirinha, prefiro ser a Coreia do Norte), a se render. Mereço ou não um Prêmio Nobel da Paz?

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