Como somos saudosistas! Vivemos na ilusão de que a nossa infãncia foi boa, que os anos 80 e 90 foram os melhores até mesmo em matéria de, pasmem, música! Até pouco tempo atrás eu "pensava" assim. Pense bem, você que tem entre 35-20 anos.Tínhamos uma manhã inteira de alienação televisiva nos programas infantis.
Olhávamos a Xuxa. Ela nos dizia como tínhamos que ser: ultra-magras, estar na moda, ser ricas e compar os brinquedos da sua marca. E a partição menino CONTRA menina? Pra falar o mínimo da messalina do satã.
O que era o Sérgio Mallandro? Um imbecil se passando por louco (só se passando) e apresentando um programa de quinta onde a principal atração era a gritaria. E goela pra que te quero!!! No fim, abria-se a porta dos desesperados (paródia de outro programa que nos comovia e fazia saltar nas noites de domingo)e uma pobre criança tinha seu sonho de ganhar uma bicicleta depedaçado por um monstro que a assustava. Meu Deus, onde estava o Conselho Tutelar? Os direitos humanos? A Polícia Federal? O ECA? Ou mesmo o PETA?
No gênero clássico-branco-judaico-cristão-ocidental-sem-sal, tínhamos a Angélica. A Sra. Luciano Huk é o supra-sumo da antipatia, da falta de talento e da vulgaridade de linguagem(no sentido de popularesco e cheio de vícios das telenovelas) Ninguém na televisão brasileira tem até hoje, uma linguagem menos própria do que a musa dos taxistas. É um misto de texto do Manoel Carlos com Zorra Total. O Luciano já disse que ela olha TV 24 horas por dia. Tá comprovado que faz mal, ela é a tese ambulante disso. E quem lembra dela tendo nojo da plateia de infantes no programa da Angélica e depois, no pastelão Video Game?
E a Mara, hein? No meio de louras aguadas a morena arrebatava multidões... de marmanjos. Mostrou a Maravilha na revista, em plena carreira como apresentadora infantil, apresentava um programa clichê, era a mais "povão" delas, teve aquela trajetória esperada de toda celebridade instantânea: fama, glamour, decadência, drogas, álcool, casamentos, igreja evangélica e conversão. Amém.
Eliana parece a única a ter dado mais certo profissionalmente. Era (e é) a mais bonita de todas, simpática e autêntica até o ponto em que dá pra ter autenticidade nessa pofissão, ou seja, 2, numa escala de 0 a 10.
Todo o mundo acha a sua época infantil a melhor simplesmente porque o seu interior estava melhor. A época não importa, o exterior não importa, o que importa é como está o interior da criatura. Há publicações (e eu vou achar pra postar aqui) de desenhos e outras manifestações de crianças dos campos de concentração nazistas (as que sobraram por engano)que mostram uma infãncia feliz. E você, já superou o trauma de não ter tido um autorama?
A VOLTA DE QUEM NÃO FOI
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Enganaram-se aqueles que estavam imaginando que este *Cloaca News*
estivesse morto e enterrado. Não está, como se pode ver. Após uma longa
temporada s...
Há 6 anos