sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mais uma sobre (des)educação

A Rede Bobo apresentou (dia 08/10/09) uma reportagem sobre as universidades inglesas, que usam uma prova parecida com o Enem como medidor de aspirante a universitário. Pois bem, um rapaz brazuca concorria a uma vaga na Universidade de Londres e foi mostrado como exemplo de estudante, pois gabaritou duas provas das cinco de ciências exatas que fez. Hum, hum. E o menino prodígio verde-amarelo deu uma declaração genial, elevou o nome da Nação e está fulgurando entre os grandes nomes da filosofia ocidental, ele "deu a dica para quem quer passar no Enem e garantir uma vaga na Universidade" e aí vem a pérola "Para se dar bem na prova (expectativa, corações a mil) não dá pra errar muitas questões". Soem as trombetas do apocalipse.
Todo esse teatro é pra falar aquilo que já estou me convencendo: colégio só serve pra ensinar o básico pra entrar na boca do tubarão e arranjar um empreguinho, ficar escravo dele e enriquecer algum capitalista. Pra formar "um cidadão consciente de sua cidadania, com capacidade de pensamento crítico e de agir sobre a sociedade", ah, isso é muito fora da realidade. Nossa e da Inglaterra.
Mas não fica bem uma professora pensar assim ou falar tais coisas.

Um comentário:

  1. Pior é que já relutei em admitir isso. Nosso modelo educacional é um monstrengo que nasceu pra formar massas, apenas isso.
    Quanto à afirmação do rapaz, é até lógico. O cursinho pré-vestibular não ensina a responder esse tipo de questionamento. Por que o repórter (com ou sem diploma) não fez alguma pergunta sobre o que o cidadão estudou? Poderia questionar sobre a reprodução dos hierofantes, hierógrifos e dos apócrifos.

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